Está feito. A maioria do eleitorado votante do Brasil elegeu Dilma Rousseff como Chefe de Estado e Chefe de Governo a ser empossada em 1º de janeiro de 2011, em Brasília.
Sua Excelência a Senhora Dilma Vana da Silva Rousseff, antiga Ministra de Estado Chefe da Casa Civil e das Minas e Energia, nascida em Belo Horizonte aos 14 de dezembro de 1947, é filha do imigrante búlgaro Petar Rusev, advogado e poeta, e da Senhora (nascida Dilma Jane da Silva).
A Professora Dilma Jane Silva Rousseff, mãe da Presidente eleita, nasceu em Nova Friburgo (RJ) e parece ter alguma ascendência mineira. Infelizmente ainda não possuo nenhuma informação pormenorizada sobre as ascendências búlgara e brasileira de Dilma Rousseff, mas certamente meus amigos do Colégio Brasileiro de Genealogia (CBG) logo providenciarão...
Neste segundo turno do pleito presidencial brasileiro recebi um sem-número de mensagens eletrônicas de familiares, parentes, amigos, conhecidos e desconhecidos. Tinham por objetivo demonizar Dilma Rousseff ou demonizar José Serra. Entendendo que isso configura um pecado grave, deletava todos. Sou membro do Partido Verde (PV) e fiz campanha para Marina Silva no primeiro turno. Agradeci a Deus Todo-Poderoso porque minha candidata, aquela por quem nutro viva simpatia e reverência desde pequenino, e meu partido, abraçaram a neutralidade programática no segundo turno.
Apesar de ponderar mil motivos para votar em José Serra e mil motivos para votar em Dilma Rousseff e, também, mil motivos para não votar em nenhum dos dois, recuso-me completamente a ver meu amado País cindido em dois, rasgado pelos ódios, preconceitos, rixas, vilezas em geral. Tal como faz a hierarquia católica e enquanto seguidor dessa religião, sempre admoesto meus amigos, sejam partidários do PT, do PSDB, do PV ou de qualquer agremiação político-partidária, a se lembrarem que o BRASIL é maior do que todos e deve estar acima de tudo, como defendiam D. Pedro II e D. Isabel I.
Agora me dirijo a todos os estimados compatriotas para exaltar o simbolismo da eleição de Dilma Rousseff. Após 122 anos do último governo feminino de nossa História — a terceira e última regência da Redentora (1887-1888) —, seremos novamente governados por uma mulher.
Foi uma mulher que nos governou em agosto-setembro de 1822, presidindo o Conselho de Estado do Reino do Brasil que enviou as missivas ao Príncipe-Regente D. Pedro de Alcantara fazendo-o ver que a Independência era
o clamor dos que aqui viviam. Com efeito, D. Maria Leopoldina (1798-1826) é a primeira governante do Brasil: uma princesa austríaca, membro da mais importante e gloriosa dinastia católica do mundo — a Casa de Habsburgo. Em 1º de dezembro de 1822 ela foi coroada e sagrada imperatriz-consorte do Brasil com seu marido, na antiga Sé-Catedral Imperial do Rio de Janeiro, recentemente restaurada em sua magnificência, graças à visão superior do antigo Prefeito Cesar Maia.
A rigor, até mesmo a Rainha Senhora D. Maria I (1734-1816), conhecida historiograficamente como “a Louca”, mas que antes desse cognome era conhecida popularmente por “a Piedosa”, pode ser considerada primeira
mandatária do Brasil, visto que a Regência de seu filho D. João reinava em seu nome. Contudo, a partir de 1799, ela era oficialmente incapaz por doença mental, o que a fazia apenas rainha nominal. O Príncipe Regente D. João só foi aclamado D. João VI quando a idosa e enferma rainha morreu, em plagas cariocas, a 20 de março de 1816.
Portanto, a Imperatriz Senhora D. Maria Leopoldina e sua neta D. Isabel Christina Leopoldina Augusta, são as duas grandes governantes de nossa História. Que suas biografias sejam conhecidas e ilustradas e que sua exemplaridade sirva à recém-eleita Presidente (ou Presidenta) do Brasil.
Sua Excelência a Senhora Dilma Vana da Silva Rousseff, antiga Ministra de Estado Chefe da Casa Civil e das Minas e Energia, nascida em Belo Horizonte aos 14 de dezembro de 1947, é filha do imigrante búlgaro Petar Rusev, advogado e poeta, e da Senhora (nascida Dilma Jane da Silva).
A Professora Dilma Jane Silva Rousseff, mãe da Presidente eleita, nasceu em Nova Friburgo (RJ) e parece ter alguma ascendência mineira. Infelizmente ainda não possuo nenhuma informação pormenorizada sobre as ascendências búlgara e brasileira de Dilma Rousseff, mas certamente meus amigos do Colégio Brasileiro de Genealogia (CBG) logo providenciarão...
Neste segundo turno do pleito presidencial brasileiro recebi um sem-número de mensagens eletrônicas de familiares, parentes, amigos, conhecidos e desconhecidos. Tinham por objetivo demonizar Dilma Rousseff ou demonizar José Serra. Entendendo que isso configura um pecado grave, deletava todos. Sou membro do Partido Verde (PV) e fiz campanha para Marina Silva no primeiro turno. Agradeci a Deus Todo-Poderoso porque minha candidata, aquela por quem nutro viva simpatia e reverência desde pequenino, e meu partido, abraçaram a neutralidade programática no segundo turno.
Apesar de ponderar mil motivos para votar em José Serra e mil motivos para votar em Dilma Rousseff e, também, mil motivos para não votar em nenhum dos dois, recuso-me completamente a ver meu amado País cindido em dois, rasgado pelos ódios, preconceitos, rixas, vilezas em geral. Tal como faz a hierarquia católica e enquanto seguidor dessa religião, sempre admoesto meus amigos, sejam partidários do PT, do PSDB, do PV ou de qualquer agremiação político-partidária, a se lembrarem que o BRASIL é maior do que todos e deve estar acima de tudo, como defendiam D. Pedro II e D. Isabel I.
Agora me dirijo a todos os estimados compatriotas para exaltar o simbolismo da eleição de Dilma Rousseff. Após 122 anos do último governo feminino de nossa História — a terceira e última regência da Redentora (1887-1888) —, seremos novamente governados por uma mulher.
Foi uma mulher que nos governou em agosto-setembro de 1822, presidindo o Conselho de Estado do Reino do Brasil que enviou as missivas ao Príncipe-Regente D. Pedro de Alcantara fazendo-o ver que a Independência era
o clamor dos que aqui viviam. Com efeito, D. Maria Leopoldina (1798-1826) é a primeira governante do Brasil: uma princesa austríaca, membro da mais importante e gloriosa dinastia católica do mundo — a Casa de Habsburgo. Em 1º de dezembro de 1822 ela foi coroada e sagrada imperatriz-consorte do Brasil com seu marido, na antiga Sé-Catedral Imperial do Rio de Janeiro, recentemente restaurada em sua magnificência, graças à visão superior do antigo Prefeito Cesar Maia.
A rigor, até mesmo a Rainha Senhora D. Maria I (1734-1816), conhecida historiograficamente como “a Louca”, mas que antes desse cognome era conhecida popularmente por “a Piedosa”, pode ser considerada primeira
mandatária do Brasil, visto que a Regência de seu filho D. João reinava em seu nome. Contudo, a partir de 1799, ela era oficialmente incapaz por doença mental, o que a fazia apenas rainha nominal. O Príncipe Regente D. João só foi aclamado D. João VI quando a idosa e enferma rainha morreu, em plagas cariocas, a 20 de março de 1816.
Portanto, a Imperatriz Senhora D. Maria Leopoldina e sua neta D. Isabel Christina Leopoldina Augusta, são as duas grandes governantes de nossa História. Que suas biografias sejam conhecidas e ilustradas e que sua exemplaridade sirva à recém-eleita Presidente (ou Presidenta) do Brasil.
Certa vez, fiquei impressionadíssimo com o fato de estar escrevendo a parte final do livro de nosso Instituto (D. Isabel I a Redentora: textos e documentos sobre a Imperatriz exilada do Brasil em seus 160 anos de nascimento. Rio de Janeiro: IDII, 2006) e entrar em uma livraria-sebo do Centro do Rio Antigo e me deparar com um livro do grande pensador mineiro Prof. João Camillo de Oliveira Torres. Trata-se da obra Interpretação da Realidade Brasileira: introdução à história das ideias políticas no Brasil. À página 308, ele diz:
O Brasil é algo que se prolonga, com Casa-Grande e Senzala, Sobrados e Mocambos, Apartamentos e Favelas. Talvez, um dia, uma D. Isabel rediviva saiba conseguir um Brasil em que o Poder Moderador (cuja importância soube tão bem compreender), e que é a hipóstese do Estado, como o brasileiro o sente, paternal e benevolente, dê casas parecidas a todos... Brancos e pretos. E termine a contradição.
Estou plenamente ciente de que a presidência do sociólogo Fernando Henrique Cardoso e a presidência do operário Luiz Ignácio Lula da Silva iniciaram este processo. Trabalhei para que a historiadora Marina Silva representasse essa “D. Isabel rediviva”. Contudo, interpreto os resultados das urnas como parte do grandioso processo de evolução sócio-histórica de meu País e quero formular, desejar e rezar para que a economista Dilma Rousseff possa adiantar muito do que se tem de fazer, mormente promovendo aquilo que o Senador Christovam Buarque chama de “revolução pela educação” e que nosso instituto denomina “neoabolicionismo”.
Agora, como cidadão que me considero “do Bem”, coloco minhas preces e meu labor — ORA ET LABORA não é o lema de perfectibilidade dos beneditinos (?) — a favor do País e estimo que nossa Presidenta eleita possa administrar com tenacidade e destreza esse imenso e portentoso Brasil. Que suas qualidades pessoais e o Cristianismo que professa sejam verdadeiramente o fio condutor da gradual extinção dos escândalos de corrupção governamental que clamam aos Céus por justiça e que sua condição feminina seja luz para os desamparados filhos da Virgem da Conceição Aparecida.
Viva o Brasil.
* Artigo enviado ao cadastro do Instituto D. Isabel I em novembro de 2010.
As opiniões expressadas são as do Autor, não evidenciando o pensamento dos
demais membros do IDII.
** Bruno da Silva Antunes de Cerqueira (31) é graduado em História pela PUC-Rio, pós-graduado em Relações Internacionais pela UCAM e bacharelando em Direito pela PUC-Rio . É o gestor do Instituto Cultural D. Isabel I a Redentora e do Programa de Relações Públicas e Internacionais, Cerimonial e Protocolo do IDII